Um dos caminhos mais difíceis para quem quer começar uma carreira como hacker ético, é encontrar os aplicativos hacker que ajudam na realização deste trabalho.
Afinal, começar a busca por conta própria pode ser bastante difícil no começo, dado que existem inúmeras ferramentas disponíveis no mercado, mas nem todas têm uma grande eficiência ou até mesmo utilidade.
Quando comecei a jornada não foi fácil encontrar softwares que me ajudariam a ser um hacker ético, mas hoje conheço os principais deles, e vou neste artigo mostrar para vocês.
Curioso para saber quais são? Então vem comigo, e boa leitura!
O que são aplicativos hacker?
Aplicativos hacker são softwares desenvolvidos para explorar, testar ou comprometer sistemas de computador e redes. Eles podem ser usados tanto para fins legítimos e de segurança, quanto para ações maliciosas.
Em um contexto ético, essas ferramentas ajudam profissionais de segurança a identificar vulnerabilidades em sistemas, permitindo uma melhor defesa contra possíveis ameaças.
Por exemplo, um analisador de protocolo pode revelar falhas em um sistema de comunicação, enquanto um testador de penetração pode simular ataques para determinar a robustez de uma rede.
No entanto, em mãos erradas, esses aplicativos podem ser usados para invasão, roubo de informações ou dano a sistemas.
Por essa razão, é fundamental um entendimento aprofundado e um uso responsável dessas ferramentas, sempre respeitando as leis e regulamentos aplicáveis. Agora que você já sabe o que são, vamos conhecer as principais delas.
Mas antes aproveite e leia também:
- Hacker Gratuito: conheça as melhores ferramentas para começar a usar;
- Ataque cibernético: conheça os principais, e saiba como agem os hackers éticos.
5 aplicativos hacker que você precisa conhecer
Existem inúmeros aplicativos hacker no mercado, mas 5 que acho essenciais para todo profissional são:
- Nmap (Network Mapper);
- Wireshark;
- Metasploit Framework;
- John the Ripper;
- Aircrack-ng.
1. Nmap (Network Mapper)
O Nmap é uma ferramenta de código aberto para exploração de redes e auditoria de segurança. Ele foi criado para detectar dispositivos rodando em uma rede e identificar as portas abertas associadas a esses dispositivos.
Além disso, é capaz de determinar quais serviços estão rodando e suas versões, que tipo de firewall ou filtro está sendo usado, entre outras características, como:
- varredura de portas: pode identificar portas abertas em qualquer dispositivo de rede, desde computadores, roteadores até smartphones;
- detecção de sistema operacional: usando apenas pacotes, o Nmap pode determinar o sistema operacional e a versão do dispositivo alvo;
- detecção de serviço e versão: ele identifica não apenas qual serviço está rodando (por exemplo, HTTP ou FTP), mas também a versão específica do software;
- flexibilidade: oferece vários tipos de varreduras, desde as mais agressivas (que podem ser detectadas por sistemas de intrusos) até as mais furtivas (que tentam se misturar ao tráfego normal);
- scripts: possui um mecanismo de scripting chamado NSE (Nmap Scripting Engine) que permite aos usuários escrever (ou usar scripts pré-existentes) para automatizar uma ampla gama de tarefas de rede.
O Nmap é amplamente utilizado por profissionais de segurança, administradores de redes e testadores de penetração para:
- descobrir dispositivos ativos na rede (rastreamento de rede);
- identificar portas abertas e os serviços associados a elas;
- realizar auditorias de segurança para identificar e corrigir vulnerabilidades;
- monitorar a rede, garantindo que apenas os serviços necessários estejam rodando;
- automatizar tarefas específicas através do NSE.
Em resumo, o Nmap é uma ferramenta indispensável no arsenal de qualquer profissional de segurança cibernética, proporcionando uma visão detalhada e profunda das redes e seus dispositivos.
2. Wireshark
O Wireshark é um analisador de protocolo de código aberto, muitas vezes referido como um “sniffer” de rede. Ele permite que usuários capturem e inspecionem pacotes de dados que trafegam em uma rede em tempo real.
Esse aplicativo fornece uma representação detalhada do tráfego, facilitando a análise e o diagnóstico de problemas, além da compreensão profunda de protocolos de rede. Suas principais características incluem:
- interface gráfica e de linha de comando: oferece uma interface gráfica rica e intuitiva, bem como a versão de linha de comando chamada “Tshark”;
- filtros poderosos: permite aos usuários definir filtros específicos para isolar pacotes de interesse, seja por protocolo, endereço IP, porta ou outras características;
- suporte a múltiplos protocolos: reconhece e pode decodificar uma enorme variedade de protocolos de rede;
- coloração: usa cores para diferenciar tipos de tráfego, facilitando a identificação visual de pacotes específicos ou problemas;
- análise detalhada: cada pacote capturado pode ser expandido em detalhes, mostrando todos os níveis de encapsulamento e os valores de campo específicos para cada protocolo.
Essa ferramenta é utilizada por administradores de redes, profissionais de segurança e desenvolvedores para diagnosticar problemas, identificando gargalos, retransmissões ou outras questões.
Além disso, ela também é útil para monitorar e analisar o tráfego da rede para fins de segurança, detectando atividades suspeitas ou maliciosas.
E para validar e testar novas implantações ou configurações em uma rede, garantindo que os sistemas estejam se comunicando conforme o esperado. Alguns hackers éticos também a usam para capturar e analisar tráfego suspeito para investigações forenses digitais.
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3. Metasploit Framework
O Metasploit Framework é uma das ferramentas mais poderosas e amplamente utilizadas para desenvolvimento, teste e execução de exploits contra sistemas alvo. Ele foi criado para auxiliar na descoberta, análise e exploração de vulnerabilidades em sistemas.
Essa plataforma é uma combinação de ferramentas, incluindo payloads, exploits, auxiliares e escutas (listeners), que trabalham juntas para criar um ambiente robusto para teste de penetração e pesquisa de segurança. Dentre suas principais características estão:
- biblioteca de exploits: o Metasploit possui uma vasta coleção de exploits prontos para serem utilizados contra sistemas vulneráveis;
- payloads integrados: depois de explorar uma vulnerabilidade, o Metasploit permite entregar “payloads”, que são códigos executados no sistema alvo, que podem criar uma shell, exfiltrar dados, entre outras ações;
- interface versátil: pode ser operado via interface de linha de comando, uma GUI ou até mesmo um navegador web;
- integração com outras ferramentas: o framework pode ser integrado com outras ferramentas de teste de penetração e scanners, como o Nmap e o Nexpose;
- módulos auxiliares: estes são módulos que fornecem funcionalidades adicionais, como scanners de vulnerabilidades, servidores de spoofing, entre outros.
De modo geral, o Metasploit Framework é utilizado para simular ataques em redes e sistemas, identificando e explorando vulnerabilidades para determinar o risco associado e até mesmo para desenvolver novos exploits e analisar vulnerabilidades.
4. John the Ripper
O John the Ripper, muitas vezes simplesmente referido como “John”, é uma das ferramentas de quebra de senha mais populares do mercado.
Esse é um software de código aberto, inicialmente projetado para o cracking de senhas UNIX, mas desde então evoluiu e se expandiu para suportar muitos algoritmos de hash e sistemas.
O seu objetivo principal é detectar senhas fracas, utilizando uma variedade de técnicas de ataque para tentar decifrar os hashes delas, e suas principais características são:
- versatilidade de algoritmos: John the Ripper suporta uma ampla gama de algoritmos de hash, permitindo-lhe atacar diferentes tipos de hashes de senha, desde os mais antigos aos mais modernos;
- múltiplos modos de ataque: a ferramenta pode realizar vários tipos de ataques, incluindo de força bruta, de dicionário e de rainbow table;
- otimização de performance: ele é otimizado para aproveitar ao máximo os recursos de hardware, incluindo o uso de múltiplos núcleos e recursos específicos de certos processadores para acelerar a quebra de senha;
- expansibilidade: através de plugins e patches é possível expandir suas funcionalidades para suportar mais algoritmos e técnicas;
- funcionalidade de cracking incremental: permite que os usuários retomem um processo de cracking interrompido, garantindo que nenhum esforço seja desperdiçado.
Ele é usado por auditores de segurança para verificar a força das senhas em um sistema, garantindo que os usuários sigam práticas seguras de criação de senha.
Os testadores de penetração, também o usam para tentar ganhar acesso a sistemas durante avaliações de segurança. Em algumas situações, eles podem precisar decifrar senhas para acessar dados relevantes em uma investigação.
E para os pesquisadores, ele é útil para analisar e entender as vulnerabilidades associadas a práticas de senha inseguras.
5. Aircrack-ng
Por fim, o Aircrack-ng é um conjunto completo de ferramentas para avaliar a segurança das redes wi-fi.
O seu objetivo principal é detectar vulnerabilidades em redes sem fio, permitindo a interceptação de tráfego e, potencialmente, a quebra de chaves WEP e WPA/WPA2.
Essas ferramentas são utilizadas tanto para fins educativos como para testes de segurança. E dentre as suas principais características estão:
- variedade de ferramentas: a suíte Aircrack-ng inclui várias ferramentas, como airmon-ng (para colocar dispositivos em modo de monitoramento), aireplay-ng (para gerar tráfego e facilitar ataques) e airodump-ng (para capturar pacotes);
- ataques a múltiplos protocolos: esse sistema pode atacar redes que utilizam protocolos WEP, WPA e WPA2;
- velocidade: o componente aircrack-ng da suíte é conhecido por sua eficiência e velocidade ao tentar quebrar chaves, especialmente quando combinado com dicionários e técnicas específicas;
- análise de pacotes: a suíte não só permite ataques, mas também a análise detalhada de pacotes, auxiliando no diagnóstico de redes e na identificação de vulnerabilidades;
- compatibilidade: é compatível com muitos adaptadores sem fio e sistemas operacionais, embora geralmente seja usado em sistemas baseados em Linux.
Essa é uma ferramenta bastante útil para os hackers do bem avaliarem a segurança de redes Wi-Fi, identificando aquelas vulneráveis ou mal configuradas.
Agora que você já conhece os 5 principais aplicativos hacker do mercado é só começar a usá-los. E se quiser aprofundar ainda mais o seu conhecimento aproveite e leia também 👇
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Até a próxima, e bom hacking!