Ataque cibernético: conheça os principais, e saiba como agem os hackers éticos

Um ataque cibernético pode trazer prejuízos imensuráveis para uma empresa. Desde danos financeiros, até vazamentos de dados e manchas na reputação da marca.

E com o crescimento tecnológico esses ataques se tornaram cada vez mais comuns. Só para ilustrar, segundo um levantamento da Fortinet, houve no Brasil 31,5 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos a empresas no primeiro semestre de 2022.

Esse número é 94% superior quando comparado com o primeiro semestre de 2021, sendo uma das justificativas o baixos investimentos em ciber segurança no país.

Todavia, esse cenário começou a mudar após a pandemia, e houve um crescimento na busca por profissionais da área, em especial pelos hackers éticos. E neste artigo, vou falar um pouco como eles atuam em um ataque cibernético. Vem comigo!

O que é um ataque cibernético?

Um ataque cibernético refere-se a qualquer tentativa maliciosa de comprometer, desabilitar, ou ganhar acesso não autorizado a sistemas de computador, redes, dispositivos ou dados, geralmente com intenções de roubo, espionagem ou sabotagem. Estes ataques podem ser orquestrados por indivíduos, grupos criminosos, organizações ou até mesmo nações que buscam diferentes objetivos.

Seja para ganho financeiro, espalhar malware, roubar informações confidenciais ou até desestabilizar infraestruturas críticas, os ataques cibernéticos têm se tornado cada vez mais sofisticados e frequentes, representando uma ameaça contínua à segurança digital global.

Os resultados de um ataque bem-sucedido podem variar desde inconveniências menores até consequências catastróficas, como falhas em serviços essenciais, perdas financeiras significativas e danos irreparáveis à reputação de uma organização.

Por isso, medidas de segurança cibernética e conscientização são essenciais para enfrentar e mitigar esses riscos em um mundo cada vez mais conectado. Mas antes de falar dessas medidas, vou mostrar quais são os ataques mais comuns.

Quais são os ataques cibernéticos mais comuns?

Os ataques cibernéticos mais comuns são:

  • phishing;
  • ransomware;
  • ataque de força bruta;
  • ataque DDoS;
  • ataque Man-in-the-Middle.

1. Phishing

Phishing é uma técnica de engenharia social onde os atacantes tentam enganar os usuários para que forneçam informações sensíveis.

Isso é frequentemente feito através de e-mails ou mensagens fraudulentas que parecem vir de fontes confiáveis, mas que, na verdade, direcionam a vítima a sites maliciosos.

Uma vez no site, a pessoa pode ser induzida a inserir credenciais, informações financeiras ou outros dados pessoais. Existem variantes deste ataque, como o spear phishing (direcionado a indivíduos específicos) e o whaling (direcionado a altos executivos).

2. Ransomware

Ransomware é um tipo de malware que criptografa os arquivos de um usuário ou bloqueia o acesso ao sistema até que um resgate seja pago, geralmente em criptomoedas como Bitcoin para garantir o anonimato do atacante.

Exemplos notáveis incluem Wanna Cry e No Petya. Além de criptografar arquivos, alguns ransomwares podem se espalhar pela rede, comprometendo outros dispositivos.

Pagar o resgate não garante que os dados serão descriptografados ou que o malware será removido. Por isso é importante ficar atento.

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3. Ataque de força bruta

Os ataques de força bruta visam adivinhar senhas ou chaves de criptografia através de tentativas repetidas e sistemáticas.

Isso pode ser feito usando combinações comuns de senhas (ataques de dicionário) ou tentando todas as combinações possíveis (ataques de força bruta verdadeira).

Esse tipo de ataque pode ser agravado por sistemas que não limitam tentativas de login ou não implementam atrasos após tentativas falhadas.

4. Ataque DDoS (Distributed Denial of Service)

Em um ataque DDoS, os atacantes inundam um sistema, site ou serviço com tráfego excessivo para sobrecarregá-lo e torná-lo inacessível.

Isso é frequentemente realizado usando uma rede de computadores comprometidos (botnet) que envia uma quantidade massiva de solicitações ao alvo simultaneamente.

Os ataques DDoS podem ter vários objetivos, desde motivações financeiras até atos de protesto ou vingança.

5. Ataques Man-in-the-Middle (MitM)

Os ataques Man-in-the-Middle ocorrem quando um atacante intercepta a comunicação entre duas partes sem que elas saibam. Isso permite que o atacante capture, modifique ou redirecione as informações sendo trocadas.

Um exemplo comum é o ataque em redes Wi-Fi públicas não protegidas, onde o atacante pode interceptar a comunicação entre o dispositivo da vítima e a rede, ganhando acesso a informações confidenciais ou inserindo payloads maliciosos nos dados transmitidos.

Como você pode ver, são várias as formas de ataques que os cibercriminosos usam. E onde entram os hackers éticos nesta? É o que vou falar no próximo tópico.

Mas antes aproveite para ler também:

Como os hackers éticos ajudam a combater um ataque cibernético?

Os hackers éticos são profissionais especializados em segurança cibernética que usam suas habilidades para identificar e corrigir vulnerabilidades em sistemas, redes e aplicações, em vez de explorá-los para fins maliciosos. Eles desempenham um papel crucial na defesa contra ataques cibernéticos através das seguintes maneiras:

Testes de penetração (Pentest)

Hackers éticos são frequentemente contratados para realizar testes de penetração, que envolvem simular ataques cibernéticos em um ambiente controlado. 

Essa simulação por meio de testes ajuda as organizações a entender suas vulnerabilidades, e corrigi-las, antes que atacantes reais possam explorá-las.

Relatórios de vulnerabilidade

Quando hackers éticos descobrem vulnerabilidades em softwares, eles seguem protocolos de divulgação responsável, informando as empresas ou desenvolvedores sobre as falhas, para que sejam corrigidas antes de serem exploradas por atacantes mal-intencionados.

Desenvolvimento de ferramentas e defesas

Hackers do bem frequentemente desenvolvem e aprimoram ferramentas de segurança, contribuindo para a comunidade de código aberto e ajudando as organizações a se protegerem contra novos tipos de ameaças.

Colaboração com autoridades

Em casos de grandes ameaças ou incidentes, hackers éticos podem colaborar com autoridades ou agências de segurança cibernética, fornecendo expertise técnica para rastrear atacantes, entender malwares ou ajudar na recuperação de ataques.

Pesquisa contínua

Como os ataques cibernéticos estão em constante evolução, os hackers do bem precisam se manter atualizados com as mais recentes técnicas de ataque e defesa, conduzindo pesquisas contínuas e compartilhando suas descobertas com a comunidade.

Educação e Conscientização

Muitos hackers éticos atuam como educadores, oferecendo treinamento, workshops e palestras para empresas e o público em geral. Eles ensinam práticas seguras e sensibilizam sobre os riscos cibernéticos.

E é justamente isso que me dedico a fazer há alguns anos. Após ajudar grandes organizações a lidar com ataque cibernético, encontrando vulnerabilidades, passei a oferecer treinamentos, workshops e palestras para ensinar outros profissionais do mercado.

Inclusive, você pode adquirir o meu livro “Técnicas de Invasão” que está disponível na Amazon. Nele ensino dicas e técnicas reais de invasões hackers, e é o primeiro passo que você precisa dar para avançar nessa profissão.

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