Saber como hackear uma conta é crucial para que um hacker ético entenda como os cibercriminosos agem, e assim possa criar medidas para proteger os usuários.
Esse é um campo que está crescendo bastante, ainda mais com o avanço dos bancos digitais, redes sociais, e diversos outros aplicativos que acessamos cotidianamente do nosso smartphone.
Afinal, é preciso se proteger, e como eu gosto de dizer, a melhor defesa é sempre o ataque. Por isso, conhecer a tática usada por cibercriminosos nos permite maior noção de proteção, e claro, atuar como hackers éticos.
Então se você está em busca de entender as táticas usadas por um hacker para hackear a sua conta, e quer saber como se proteger, vem comigo neste post.
Como hackear uma conta? Conheça as 3 táticas mais usadas!
As 3 táticas mais usadas pelos cibercriminosos para hackear uma conta são:
- Phishing;
- Keyloggers;
- Ataque de força bruta.
Abaixo vou falar sobre cada uma delas, mas antes aproveite e leia também:
- Hacker: entenda o que é, origem do nome e como se tornar um!
- Ataque cibernético: conheça os principais, e saiba como agem os hackers éticos
1. Phishing
Phishing é uma das técnicas mais antigas e eficazes usadas por cibercriminosos para enganar as pessoas e fazê-las revelar informações pessoais, como senhas, números de cartão de crédito e outros detalhes sensíveis.
Nesse caso, o atacante cria um e-mail, mensagem ou site falso que se parece com o de uma organização legítima, como um banco, serviço de e-mail ou rede social.
O criminoso então envia o conteúdo para um grande número de potenciais vítimas usando, conforme disse acima, e-mail, rede social, ou até mesmo mensagens SMS.
Esse conteúdo falso normalmente contém uma “isca”, que pode ser uma história convincente (por exemplo, uma notificação sobre atividade suspeita na conta da vítima) que incentiva o destinatário a clicar em um link ou baixar um anexo.
Se a vítima fizer o que ele deseja, será levada a uma página web falsa que solicita informações pessoais ou pode inadvertidamente instalar malware em seu dispositivo.
Ferramentas utilizadas
Normalmente os hackers usam kits de Phishing, que são pacotes pré-fabricados que facilitam a criação de páginas falsas. Eles muitas vezes imitam sites populares e são vendidos em fóruns de cibercriminosos.
Outra ferramenta muito utilizada são os e-mails spoofed, que permitem aos cibercriminosos enviar mensagens que parecem vir de domínios legítimos.
Por fim, existem os scrapers de e-mail, que são programas que vasculham a web em busca de endereços de e-mail para serem usados em campanhas de phishing em massa.
Como coletam e usam os dados
Uma vez que a vítima insira suas informações no site falso, elas são enviadas diretamente ao criminoso, que pode usar esses dados para acessar contas bancárias, fazer compras, vender as informações a terceiros ou até mesmo lançar ataques mais direcionados (spear phishing) contra indivíduos ou organizações específicas.
2. Keyloggers, o espião criminoso
Keyloggers são programas projetados para registrar e relatar as teclas pressionadas no teclado de um dispositivo, permitindo que os cibercriminosos capturem informações inseridas pelo usuário, como nomes, senhas e números de cartão de crédito.
Esses programas podem ser instalados no dispositivo da vítima por meio de um e-mail de phishing, download malicioso, visitando um site comprometido ou via hardware (como um dispositivo USB mal-intencionado).
Uma vez ativado, o keylogger começa a monitorar todas as teclas pressionadas. E o programa frequentemente envia esses registros para o cibercriminoso, seja por e-mail, upload para um servidor remoto ou outra forma de transferência de dados.
Ferramentas utilizadas
Os Keyloggers de software são os mais utilizados, e podem ser secretamente instalados no sistema operacional de um dispositivo. Eles são muitas vezes disfarçados como software legítimo ou escondidos dentro de downloads maliciosos.
Outra ferramenta utilizada são os Keyloggers de hardware, que são dispositivos físicos conectados ao teclado de um computador (por exemplo, entre o cabo do teclado e a porta USB), e armazenam os registros de teclas que podem ser acessados pelo criminoso.
Além disso, ainda existem kits disponíveis no submundo que permitem aos criminosos personalizar suas próprias variantes de keylogger.
Como coletam e usam os dados
Os Keyloggers registram sequencialmente cada tecla pressionada pelo usuário. Esta sequência pode conter logins, senhas, respostas a perguntas de segurança, e muito mais.
Em suma, o cibercriminoso analisa os registros para extrair informações valiosas, que podem ser usadas para acessar contas on-line, realizar transações financeiras, roubar identidades ou vender a informação a terceiros.
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3. Ataque de força bruta: a tentativa incessante
O ataque de força bruta é uma técnica que envolve a tentativa sistemática de adivinhar uma senha ou chave de criptografia.
Ao invés de explorar alguma vulnerabilidade no sistema, os cibercriminosos simplesmente tentam todas as combinações possíveis até que encontrem a correta.
Eles escolhem um site, serviço ou sistema específico que desejam invadir, e usam programas que inserem automaticamente uma vasta quantidade de combinações de senhas em rápida sucessão.
Dependendo da complexidade da senha e do sistema em questão, um ataque de força bruta pode levar de minutos a anos para ter sucesso.
Ferramentas utilizadas
Os crackers de senha são os programas mais utilizados por eles, e são projetados para realizar ataques de força bruta, como John the Ripper, Hydra, entre outros.
Eles também utilizam os botnets, que são redes de computadores infectados usadas para lançar ataques massivos e distribuídos, aumentando a eficácia e velocidade do ataque.
Outro método são as listas de senhas comuns, sendo que os criminosos começam suas tentativas usando senhas simples como “123456”, “password”, etc.
Como coletam e usam os dados
Uma vez que a senha correta é identificada, os cibercriminosos ganham acesso ao sistema ou conta.
Dependendo do alvo, eles podem roubar informações pessoais, comprometer dados empresariais, realizar transações financeiras fraudulentas ou usar o acesso para lançar outros ataques.
Agora que você já sabe como hackear uma conta, e os principais métodos que são usados pelos cibercriminosos, é preciso pensar em medidas para se proteger deles.
Dentre elas estão a autenticação de dois fatores, contar com um bom software antivírus e anti-malwares, não fazer downloads suspeitos, e atualizar regularmente o seu sistema operacional.
E se quiser avançar ainda mais o seu conhecimento em ataques de conta, eu convido você a ler o meu livro “Técnicas de Invasão”. Nele eu mostro como funcionam os ataques reais para você se tornar um hacker ético.